O dia 29 de Março de 2017 ficará marcado na história do esporte. Ontem, pela primeira vez o recurso do replay foi utilizado com sucesso em uma partida de futebol. Com ótima aceitação em outros cenários, no mundo da bola não costuma ser assim. Entretanto, com a perfeita execução no amistoso entre França e Espanha, os olhares para o árbitro de vídeo começam a mudar e esse pode ter sido um primeiro passo de suma importância.
França x Espanha: um primeiro caso de sucesso
Para explicarmos como funcionaria o árbitro de vídeo, é importante que saibamos como aconteceu no França x Espanha. Quais foram os lances revisados e como os juízes do confronto atuaram em cima dos replays.
Dois lances foram cruciais na partida. Primeiro, a França balançou as redes com Griezmann, de cabeça, no que seria o primeiro gol da partida. No entanto, após a revisão pelo árbitro de vídeo, o gol foi invalidado.
O mais importante de tudo isso foi o tempo que levou todo o processo: 30 segundos. Apenas isso. Não atrapalhou o andamento do jogo, não teve lambança como no Mundial de Clubes e, principalmente, manteve a integridade do placar. Veja o momento do gol no vídeo abaixo,
Mais adiante, o replay seria mais uma vez acionado. Agora, com um gol na outra baliza. Depois de uma jogada tramada pela esquerda, David Silva cruzou uma bola rasteira, que percorreu toda a área francesa e encontro Deuloufeu do outro lado, que só escorou.
Inicialmente, o bandeirinha marcou o impedimento. Porém, mais uma vez com o auxílio do árbitro de vídeo, o juiz voltou atrás e validou o gol. De novo de forma rápida, sem atrapalhar em nada a peleja.
Um jogo que poderia ter acabado 1 a 1, caso os erros da arbitragem fossem mantidos, terminou 2 a 0 para a Espanha.
Os testes no Mundial de Clubes foram um desastre
Como citamos acima, no Mundial de Clubes tentaram implementar o árbitro de vídeo, mas sem que qualquer teste fosse feito. O resultado foi uma verdadeira lambança, que deu muita “munição” para os que são contra a tecnologia no futebol.
A demora na ação e erros mesmo com a utilização do vídeo foram dois fatores que pegaram mal. Toda via, a forma como fizeram no amistoso entre França e Espanha foi a ideal, apesar de ainda precisar de mais testes para ficar perfeito e menos propícia a erros.
O que alguns temiam, como o fato de que perderia a “graça” do jogo não aconteceu. Também não tivemos ninguém reclamando da arbitragem nas entrevistas. Fala-se apenas de bola rolando e do jogo em si, como deveria ser.
Uso da tecnologia em outros esportes
O sucesso em outras modalidades como o tênis, vôlei, futebol americano e beisebol, por exemplo, acabam tirando um pouco da credibilidade do futebol.
Enquanto esses outros esportes seguiam sem erros graves, mantendo a integridade dos resultados, o futebol continuava com as mesmas coisas de sempre: gols irregulares mudando os jogos, pênaltis inexistentes sendo marcados, impedimentos mal marcados e por aí vai.
Com a já implantada tecnologia da linha de gol, a utilização do árbitro de vídeo é o próximo passo para um jogo com menos erros. Um esporte mais justo. O teste da última terça-feira foi animador, com casos de sucesso e que motivam a seguir.
Vida longa à tecnologia no futebol!